segunda-feira, 22 de abril de 2019

A morte da lagarta


Oi, gente, tudo bem? Precisava contar isso pra vocês. Achei incrível! Não chega ser uma aventura, mas foi à maior surpresa. Eu e minha amiga Joana... a gente tá junto pra tudo. Dizem até que a gente parece irmãs. Então, como eu ia contando... Depois que eu e minha amiga acabamos de tomar nosso lanche, fomos até o jardim da nossa escola pra ver como tava a nossa hortinha.

“Olha só, Joana! Já tá nascendo a minha plantinha!”

“A minha também! Olha lá!”

Realmente as nossas plantinhas já estavam começando a nascer. Só que tinha um monte de papel de bala jogado no meio delas. Foi então que eu e a Joana começamos a tirar um por um pra poder jogar fora, de repente a Joana deu um grito:

“Eca!... Olha só aquela minhoca!”

“É mesmo! E tá subindo na minha plantinha. Sai daí, minhoca!”

A professora Carolina que já vinha chamar a gente pra voltar pra aula, achou estranho ver a gente falando e brigando com as plantinhas da nossa horta e veio falar com a gente.

“Ei, o quê está acontecendo aí, hein meninas?”

“É aquela minhoca, professora!”

“Ela tá querendo comer a minha plantinha!”

“Isso não é uma minhoca, meninas! Isso é uma lagarta!”

“Pra mim é a mesma coisa! Vou matar esse bicho nojento.”

Quando a Joana já ia saindo pra procurar alguma coisa que desse para matar aquela minhoca nojenta, a professora pediu pra gente se acalmar que ela ia explicar tudinho.

“Calma, Joana! Deixa eu explicar pra vocês!” Vocês não estão vendo que ela está ali parada?”

A professora tinha razão. Eu e a Joana ficamos olhando, olhando e olhando, mas aquela minhoca... não, lagarta, não saia do lugar.

“Viram só! Isso é uma lagarta e está em processo de transformação”

“Como assim?”

“Eu não entendi”

De repente, aquela lagarta foi mudando de forma, fazendo uma casca. Morreu sem ninguém fazer nada.

“Ainda bem que essa minhoca morreu!”

“Não é minhoca!”

“Minhoca, Lagarta, tudo nojenta! Vamos embora, Joana!”

“Esperem! Agora que a lagarta morreu é que vem a surpresa.”

Eu fiquei curiosa para ver a surpresa. A Joana na queria muito, mas acabou ficando, só porque eu pedi. Mas, vocês precisavam ta lá com a gente. Eu nunca tinha visto aquilo.

Aquela lagarta que entrou na horta, que depois morreu e virou uma casca mais nojenta ainda... Argh! Só de lembrar dá um nojo! Mas, aquele bichinho feio que queria comer nossas plantinhas, se transformou numa borboleta.

“Olha, a lagarta virou uma borboleta!”

“Que bonita!”

“Viram só que surpresa?”

Ver aquela borboleta nascer foi mais que uma aventura, foi uma coisa que nunca mais vou esquecer. Espero que vocês um dia também tenham sorte de ver o nascimento de uma borboleta!

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Brincando com fogo


Essa aventura foi fogo mesmo! Nunca pensei que uma coisa de brincadeira pudesse fazer tão mal pras pessoas. Pode até matar, sabia?

Vou contar direitinho como foi essa história:

Fui com a Joana até a casa do primo dela, o Paulinho, a gente foi passar uma tarde de sábado por lá. Ele mora numa casa que tem um quintal com bastante espaço pra gente brincar.

Acontece que quando a gente chegou perto da casa do Paulinho, a gente nem conseguiu passar, pois estava cheio de gente na rua e um monte de carros de bombeiros parados. Tinha criança chorando, gente gritando... Fiquei muito nervosa.

- Ai, meu Deus! Será que pegou fogo na casa da minha irmã? Gritou a mãe da Joana, já apavorada.

Ela saiu correndo puxando a gente pela mão, quase caí no chão.

- Calma, tia! Reclamei, mas ela nem me ouviu.

- Paulinho!... Paulinho!... A Joana gritava chamado o primo dela, mas, duvido que ele ouvisse alguma coisa! Tava muito barulho. E aquelas sirenes dos carros dos bombeiros, faziam tanto barulho, que nem se ele tivesse do nosso lado ia escutar alguma coisa.

De repente, a mãe do Paulinho saiu sei lá de onde e abraçou a mãe da Joana. Ela chorava muito.

- O que aconteceu? Perguntou a mãe da Joana.

- O Paulinho!... O Paulinho!... Disse ela.

Tinha acontecido alguma coisa com o Paulinho, pois a mãe dele não parava de repetir o nome dele.

- Aconteceu alguma coisa com o Paulinho? Perguntou a mãe da Joana.

Mas, a mãe do Paulinho, abraçava a mãe da Joana e só chorava. Não falava nada.

- Será que aconteceu alguma coisa grave com o Paulinho, Joana?

- Não sei, Helena. Acho que sim, pois minha tia está chorando muito.

Eu já tava muito assustada com tudo aquilo. Não queria que tivesse acontecido nada com o Paulinho, pois a gente tinha vindo brincar com ele.

A mãe do Paulinho levou a gente até onde estava acontecendo o incêndio. Era numa casa de madeira que ficava do lado da casa do Paulinho.
Quando vi aquela casa pegando fogo e aquele monte de fumaça, olhei pra Joana, ela olhou pra mim, a gente se abraçou e começamos a chorar. A gente não sabia se tinha acontecido alguma coisa com o Paulinho, mas a gente já está morrendo de medo que tivesse acontecido.

- Paulinho!... Paulinho!...

A gente gritava o mais alto que a gente podia. De repente, do meio daquela fumaça, saiu um bombeiro trazendo o Paulinho pelas mãos. Os dois estavam cheios de pó. A mãe do Paulinho saiu correndo e abraçou ele com toda força.

- Graças a Deus! Falou a mãe do Paulinho quando o abraçou.

O Paulinho se soltou de sua mãe e tirou de debaixo da camisa, um gatinho. Coitado do bichinho, tava todo assustado. Uma menina veio correndo e pegou o gatinho da mão do Paulino e começou a chorar.

- O que aconteceu aqui? Perguntou novamente a mãe de Joana.

- Sabe o que foi, tia? Alguém soltou um balão e caiu bem em cima dessa casa. Disse o Paulinho.

- E daí? O que tem um balão cair na casa? Perguntei para o Paulinho.

- Acontece Helena, que o balão é uma brincadeira muito perigosa, pois o balão carrega fogo e quando cai, pode causar um grande incêndio. Disse a mãe de Joana.

- Por isso que a professora disse que é perigoso soltar balão. Não lembra, Helena?

- É mesmo! Então é melhor não soltar balão, não é mesmo?

Os bombeiros demoraram um tempão para pagar o fogo daquela casa. Ainda bem que a casa estava abandonada e não morava ninguém nela, senão?...

- Bom, já que passou o susto, que tal a gente tomar um suco com uns bolinhos de chuva, hein? Disse a mãe do Paulinho.

E pensar que por causa de uma brincadeira de soltar balão, uma casa pegou fogo e quase o Paulinho morreu queimado por tentar salvar um gatinho que estava lá dentro.

Brincar com fogo, tô fora! Soltar balão, tô fora!

Depois que eu vi aquela casa pegando fogo, nunca mais quero saber dessa brincadeira. O fogo é mesmo fogo! Ainda bem que ficou tudo bem, porque depois daquele susto, eu, a Joana e o Paulinho aprontamos um montão na casa dele.

E foi isso! Quase que uma tarde que era para ser só de brincadeira, acabou por causa de uma outra brincadeira. Mas espero que vocês nunca passem por um susto desses, pois um incêndio é coisa que dá muito medo e soltar balão não tem nada de brincadeira. É, brincar com fogo é sempre muito perigoso. Agora eu sei.

quarta-feira, 27 de março de 2019

O mistério da biblioteca


Oi, gente, hoje tenho uma aventura muito diferente pra contar, acho até que tem gente que não vai acreditar. Mas aconteceu, mesmo! Foi de verdade!  A Joana está aí para provar que eu não to inventando nada. Vou contar tudo pra vocês.

Eu tava muito mal em Matemática, então, a Joana, que é muito fera em Matemática, se ofereceu pra me ajudar a entender os exercícios. Tinha coisa que não entrava na minha cabeça. A professora explicava, explicava, quando eu achava que tinha entendido tudo, vinha à prova e, eu... nota baixa! Minha mãe tava muito preocupada, e eu também!

- Matemática é exercício, Helena, você vai aprender a fazer. Depois, é só praticar!
- Falando assim, até parece fácil.
- É fácil sim!
- Duvido.

Depois da aula, eu e a Joana marcamos de ficar uma hora na biblioteca para ela me explicar os exercícios de Matemática. A Tereza, que ficava na biblioteca, deixou a gente ficar sozinha lá enquanto ela saiu pra almoçar.

- Presta atenção, Helena!
- Olha só, Joana! Cada livro desse deve ter um monte de aventura legal!
- Só que hoje é dia de Matemática, lembra?
- Deixa eu dar só uma olhadinha.

Nem esperei a resposta da Joana, e sai lendo os nomes dos livros na estante. Só que quando puxei um livro para ler, descobri uma coisa muita estranha.

- Olha isso, Joana!
- O quê, Helena?
- O livro!
- O que é que tem?
- As letras sumiram!
- O quê?

Verdade! O livro tava lá, mas dentro, não tinha nada escrito. Comecei a olhar um por um, e nada! Todos os livros estavam em branco. Alguém tinha roubado as letras dos livros. Mas quem?

A Joana deixou os exercícios de Matemática pra me ajudar a encontrar as letras dos livros. A gente não acreditava naquilo. Não podia ser possível, as palavras escritas nos livros, sumirem assim, de um hora para outra! De uma hora para outra era o fim de todas as histórias, não podia!

Tentei sair da biblioteca, mas a porta estava trancada.

- E agora, Joana? Fecharam a porta!
- Não acredito que a Tereza deixou a gente aqui trancada!

A Joana começou a chamar as inspetoras, mas ninguém aparecia.

- Não adianta, Joana, ninguém escuta!
- Então deixa isso pra lá, Helena, vamos estudar Matemática, quando a Tereza chegar a gente conta pra ela.
- Nada disso! Não sossego enquanto não resolver esse mistério.

Tinha que ter alguma explicação, mas qual? Não dá para apagar as palavras dos livros com uma borracha, alguém fez alguma coisa.

- Helena, você acha que tem alguém aqui?
- Já vai começar, Joana?
- É sério! Pode ser perigoso!

Comecei a procurar por toda a biblioteca, a Joana, mesmo com medo, também começou a procurar, mas a biblioteca não era assim tão grande que desse para alguém se esconder tão escondido assim.

De repente eu ouvi um assobio.

- Ouviu, Joana?
- Ouvi! De onde veio?
- Acho que veio de debaixo na mesa da Tereza.
- Eu não vou lá!

Claro que a Joana não foi. Ela é a minha melhor amiga, mas como é medrosa, viu? Mas, eu fui, bem devagarzinho e não acreditei quando eu me abaixei para ver quem tinha assobiado e vi quem estava escondido dentro do cesto de lixo.

- Pequeno Polegar?
- Quem, Helena?

Era o pequeno polegar! Ele mesmo, em carne e osso e miniatura!

- O que você está fazendo fora da sua história?
- Eu tive que fugir do meu livro para buscar ajuda.
- Ajuda pra quê? Disse a Joana.
- Estão roubando as palavras dos livros! Disse o Pequeno Polegar.

É, parecia que alguém não queria que mais ninguém lesse mais nada. Alguém não queria mais palavras no mundo. Foi então que o Pequeno Polegar contou porque fugiu do livro e porque ele fugiu.

Vocês não vão acreditar! Mas foi verdade, juro pela minha mãe! Mas sabe quem sumiu com as palavras dos livros? Os números! É! O 1, o 2, o 3, o 4, o 5, o 6, o 7, o 8 e o 9, saíram dos livros de Matemática e resolveram sumir com as letras dos livros, porque as pessoas gostavam mais das palavras do que deles.

- E onde estão esses números de uma figa?
- Não sei! A última vez que os vi, eles estavam indo para o lado da estante das poesias.
- Deixa que eu vou falar com eles. Disse a Joana.

Se tinha alguém melhor para falar com os números, era a Joana. Não tinha, na escola, ninguém que soubesse mais Matemática do que ela. Não sei o que ela falou para os números, ela nunca me contou isso, mas, não demorou muito e todas as palavras começaram a aparecer nos livros. Não deu nem tempo de me despedir do Pequeno Polegar.

- Pô, Joana, os números gostam mesmo de você, hein?
- É porque eu também gosto muito deles, Helena!

Eu vou confessar uma coisa. Prefiro muito mais as letras, do quê os números, ainda mais depois de tudo o que eles fizeram com as letras. Tudo inveja!

Eu não sei se vocês gostam de Matemática, mas, eu acho que vai ser mesmo muito difícil que um dia eu saiba Matemática assim como a Joana sabe. Acho que nunca!

Mas, tomara que mais gente goste dos números, assim, eles não vão tentar roubar, outra vez, as palavras de livro nenhum!

quarta-feira, 20 de março de 2019

Minha viagem à Lua


Aposto que vocês nunca tiveram uma aventura igual a essa! Nunca pensei que fosse conhecer a Lua bem de pertinho. Vocês duvidam? Vou contar tudinho pra vocês.

O ano passado, a professora levou a gente para fazer um passeio bem legal e divertido. Eu e toda a turma, e a minha amiga Joana, que também é da minha classe, fomos visitar o planetário. Acho que vocês deveriam pedir para escola de vocês levarem vocês pra conhecer, aposto que todo mundo vai gostar!

Chegamos bem cedinho na escola, todo mundo com a cara de sono e, mesmo antes do ônibus sair, estava aquela bagunça, os meninos, como sempre, foram todos para o fundo do ônibus pra aprontar. Eu, fui sentar do lado da Joana.

- Joana, dessa fez eu vou na janelinha!
- Mas, não volta, quem vem sou eu, ta?

Lá fora, esperando o ônibus sair, estava a minha mãe e a da Joana. Elas não paravam de dar tchau pra gente. Pagamos o maior mico.

- Olha lá, Pedrinho! A mamãezinha da Helena veio dá tchauzinho pra ela! Gritou lá do fundo do ônibus o Fernando.
- E a da Joana também, Pedrinho!
- Fica quieto, Fernando! Gritei de volta.
- A tua mãe também ta lá fora, viu, Pedrinho! Gritou a Joana.

Mas os meninos ficaram o tempo todo enchendo a minha paciência e a da Joana até o ônibus sair e só pararam quando a professora foi no lá no fundão dar uma bronca neles.

Quando o ônibus saiu, foi á maior festa e depois da viagem demorar um tempão, chegamos ao planetário, foi outra festa. Antes mesmo da professora organizar a fila pra gente entrar, eu peguei a Joana e saímos correndo lá pra dentro do planetário. Eu já tinha ido lá com meu pai, sabia muito bem onde estava o que eu queria ver.

- Helena, a professora vai dar a maior bronca na gente.
- Depois a gente fala que se perdeu. Vem, Joana, vem que eu quero te mostrar uma coisa.

Fui direto com a Joana para sala daquele telescópio enorme, queria ver todos os planetas primeiro, antes de toda a turma, porque senão, ia ficar aquela fila e eu não ia conseguir ver tudo direito.

- Deixa eu ver, Helena!
- Calma, Joana, estou vendo!

E eu fiquei ali, vendo tudo, até que vi a Lua, redonda, cheia de buracos enormes! Pareciam até pequenas cavernas.

- Caracá, Joana! Tu não vai acreditar! Tô viajando na lua!
- Deixa eu ver, Helena!
- Ela é linda! Tem um monte de buracos! Mas ela não parece tão branca quando a gente vê no céu.
- Vai, Helena, deixa eu ver!
- Espera, Joana!
- Daqui a pouco a turma toda chega e eu não vou ver nada.

E eu fiquei ali, viajando pela lua. Vi até a pegada do homem que pisou na lua que nem a gente aprendeu na lição. Nem vi quando a Joana saiu e me deixou sozinha. Ela desistiu e foi se encontrar com a turma.

Pra falar a verdade, o que me interessava mesmo era ficar lá, olhando a lua bem de pertinho. Viajei pedacinho por pedacinho, só não encontrei o São Jorge. Vovó sempre diz que São Jorge mora na lua, mas eu não vi nenhum santo, muito menos o dragão com quem ele vive lutando. Preciso falar pra vovó que São Jorge não mora na lua.

Mas quando a professora chegou com a turma...

- Muito bonito, dona Helena!
- Lindo mesmo, professora!
- Estou falando do que você fez. Agora você saia daí que a turma também quer
ver. E quando voltarmos à escola, sua mãe vai ficar sabendo, timtim por timtim o quê você fez aqui.

A professora me deixou no canto e não pude ver mais nada, passei a visita toda do lado da professora. Na volta, a Joana correu para sentar na janelinha e passou a viagem toda sem falar comigo.

Mas o pior ainda estava por vir. Quando chegamos na escola, a professora foi direto contar o que eu fiz para a diretora, que foi direto falar com a minha mãe o que eu fiz. Resultado: A minha viagem à Lua, me deu uma nota zero e uma semana de castigo sem internet e sem televisão.

Só que querem saber de uma coisa? Eu nem liguei, pois passei todas as noites olhando a lua e lembrando de todos lugares por onde eu passei.

quinta-feira, 14 de março de 2019

A visita do Chicão


Essa história até parece mentira, mas não é não, viu? Aconteceu de verdade. E foi uma aventura sem igual. Na verdade, foi a maior confusão no meu prédio e na minha casa, isso sim! Mas, deixa eu começar logo a história que aí vocês vão entender tudo direitinho.

Eu tenho dois primos que moram no interior, o Antonio e o João. No fim do ano passado, eles e os meus tios vieram passar o Natal e o Ano Novo na minha casa. Eu não via a hora deles chegarem, pois depois que eles pegaram um saci e colocaram numa garrafa na minha frente, eu precisava fazer uma coisa bem legal pra eles também. Já era véspera de Natal e nada deles chegarem.

-Eles estão demorando, né mãe?
-Deve ser o trânsito na estrada, filha. Nessa época, muitas pessoas vão viajar.

Eu me sentei no sofá já impaciente. Não demorou muito e tocou a campainha.

-Eles chegaram, mamãe! Eles chegaram!

Minha mãe foi e abriu a porta, era só minha tia.
-Cadê os primos? Perguntei

Ela nem me respondeu. Mas, foi só ela entrar pela porta do meu apartamento pra eu lembrar de toda aquela chateação.

-Como você cresceu, hein Helena? – Disse a minha tia já apertando a minha bochecha.
-Onde estão os primos, tia? Perguntei, já aflita.

Minha mãe tratou logo de acomodar a minha tia no sofá, pois ela parecia um pouco cansada da viagem.

-Você pode me ver um pouco d’água? Pediu a minha tia para minha mãe?
-Claro que sim! – Disse a minha mãe já saindo em direção a cozinha para buscar a água.

E eu ali, aflita por não ver os meus primos.

-Feche a porta, Helena! – Gritou a minha mãe da cozinha.
-Mas, tia, cadê os primos?
-Eles já estão subindo, Helena. É que eles ficaram para ajudar o tio a trazer aqui pra cima, o Chicão.

Caí de costas no sofá na mesma hora. Não acreditava no que tinha acabado de ouvir. O sofá fez uma barulhão que levei até uma bronca.

- Para de pular no sofá, Helena! – Gritou a minha mãe lá da cozinha.

Mas eu não tinha pulado no sofá, eu tinha caído de susto com o quê a minha a tia tinha acabado de me falar.

- Vocês trouxeram o Chicão?
- Claro! Você acha que a gente ia passar essas festas aqui no bem bão e deixar o Chicão sozinho lá no sítio?

Coloquei a mão na cabeça e disse:

- Isso não vai dar certo!

Minha mãe voltou pra sala trazendo a água pra tia, na mesma hora tocou a campainha.

-Atende a porta, Helena. – Falou a minha mãe já engatando uma conversa bem animada com a minha tia.

Fui lá, abri a porta e, assim que o tio entrou, carregando as malas, não deu outra. Lá foi ele apertar a minha bochecha.

- Como você cresceu, hein Helena?
- Mas, cadê os primos? – Perguntei mais aflita ainda.
- Eles estão vindo de escada.

E foi logo sentar ao lado da minha tia. Tirou o copo de água da mão dela e bebeu num gole só, o resto de água que ainda tinha no copo!

- Como estão os preparativos, hein minha irmã? Perguntou meu tio para minha mãe.
- Já tá tudo quase pronto. Só falta terminar de preparar a ceia. – Disse a minha mãe.

Enquanto eles conversavam, eu fiquei parada na porta para tentar impedir que os primos entrassem com o Chicão pelo meio da sala. Minha mãe não ia gostar nadinha de ver um porco enorme andando em cima do tapete novo dela.

Isso mesmo, Chicão é o nome de um porco enorme que meus tios criam lá no sítio. Pros primos terem vindo de escada, o Chicão deve ter dobrado de tamanho.

De repente, veio um grito lá da escadaria debaixo.

- Socorro!!! Tem um porco solto na escadaria.

Era a voz de Dona Benedita, a síndica do prédio assustada com o Chicão que tinha se soltado dos primos e vinha subindo a escada assustado.

Com o grito, minha mãe e os tios também saíram na porta pra ver o que estava acontecendo. Bem nessa hora, o Chicão apareceu na ponta da escada e ao ver os tios, correu direto na direção deles. Os primos chegaram logo atrás, exausto.

Minha mãe quando viu aquele porco indo na sua direção só teve tempo de dá um grito e cair desmaiada no chão.

Quando a minha acordou, a confusão tava formada. A Dona Benedita estava gritando na porta da nossa casa. Os tios e os primos com o Chicão no meio da sala. E a festa de Natal acabou antes mesmo de começar.

- Esse porco não vai ficar aqui dentro de jeito nenhum. – Disse a minha mãe muito brava.
- Se a família não pode ficar unida, a gente vai tudo embora agora – Disse meu tio.

Eles consideram o Chicão da família. E não deu outra. Os tios e os primos passaram a mão nas malas, pegaram o Chicão e foram embora. Até tentei convencer a mamãe.

- Deixa o Chicão ficar, mamãe!

Mamãe não quis saber. E as aventuras que eu tinha planejado em viver com os primos acabaram ali, na visita do Chicão.

quarta-feira, 6 de março de 2019

O pequeno Etezinho


Sabe aquelas coisas que a gente não acredita? Que acha tudo uma invenção? Vocês podem até não acreditar, mas essa aventura que eu vivi com a minha amiga Joana, foi a mais pura verdade. Vou contar como tudo aconteceu.

Naquela noite estava tendo festa no salão de festas do meu prédio e todos meus amigos estavam lá. A festa estava muito legal. A gente já tinha brincado de tudo, mas foi quando a gente foi brincar de esconde-esconde que tudo aconteceu. Até hoje eu na consigo esquecer aquela noite.

- Vamos, Joana!
- Ali, Helena, vamos se esconder ali atrás.
- Boa, Joana! Ninguém vai achar a gente ali.

Enquanto o Paulinho contava, eu e a Joana fomos se esconder atrás de um mantinho no jardim, no fundo do salão de festa.

- Aqui ninguém vai achar a gente, Joana!
- E aí a gente sai e salva todo mundo!

De repente eu olhei para o lado e vi um prato colorido, brilhante.

- Olha aquilo, Joana!
- Melhor não mexer, Helena!
- Tá brilhando!

Quando eu fui colocar a mão, sai detrás daquele prato, um negócio, parecia um homenzinho vestindo uma roupa de guarda, fazendo um barulho esquisito. A Joana achava que era um duende, eu achava que era um vaga-lume. De repente ele começou a repetir o que a gente falava.

- Quem é você?
- “Você”.
- Helena, vamos sair daqui.
- “Daqui.!
- Será que é um ET?
- “ET.”
- Eu to com medo, Helena.
- “Helena”

Quando a Joana ameaçou sair correndo, aquela coisa tirou uma arma da sua roupa de guarda e apontou para a Joana e... puff!! A Joana sumiu!

- O que você fez com a minha amiga?
- “Amiga.”

E puff... Depois não me lembro de mais nada, quando acordei, estava numa sala branca, grande, dentro de um vidro, cheio de fios ligados em minha. Olhei para o lado e a Joana também estava lá, dentro de um outro vidro cheia de fios ligados nela.

- Joana!
- Helena!
- Socorro!! Tirem a gente daqui!

Enquanto a gente se debatia tentando se soltar, um monte de homenzinho vestido de guarda olhava para gente dentro do vidro. Eles conversavam, mas a gente não entendia nada.

- Que aconteceu, Joana?
- Acho que a gente foi raptada por ETs.
- A gente precisa sair daqui.
- Mas como, Helena!

A gente precisava sair dali, mas como se a gente não sabia nem como tinha chegado ali. Fui tentar falar com o homenzinho.

- Seu homenzinho, a gente precisa ir embora.
- “Embora.”
- Minha mãe vai brigar comigo.
- “Comigo.”

De repente todo o vidro começou a piscar, parecia que a gente estava dentro de uma luz. Acendia e apagava, acendia e apagava. A gente só ouvia aqueles homenzinhos fazendo um barulho, falando de um jeito que a gente não entendia nada e tudo apagou de vez.

Quando eu e a Joana acordamos, estávamos deitadas do lado do matinho, com todo mundo olhando pra gente.

- Cadê eles, Joana!
- O que aconteceu, Helena?
- Os ETs pegaram a gente.
- É verdade!!

É claro que ninguém acreditou na gente e ainda por cima, ficaram rindo da nossa cara. Mas eu ainda vi quando aquele prato colorido saiu detrás do matinho e sumiu no céu.

- Olha lá, Joana!
- É ele, Helena! É ele!!

E foi assim que eu e a Joana fomos raptadas pelo homenzinho de roupa de guarda e levadas para um outro planeta que a gente nunca soube onde ficava e nem porque ele escolheu levar a gente pra lá.

Nunca mais a gente viu aquele homenzinho. Sabe que lembrando disso agora, fiquei até com saudade dele.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

O gênio da lâmpada


Gente, essa história eu tinha que contar pra vocês. Uma história que nem aquelas dos livros, e de verdade! Eu sei que tem gente que vai achar que foi tudo mentira, mas eu juro que aconteceu tudo isso mesmo. Assim, do jeito que eu vou contar pra vocês.

Na semana passada, eu, a Joana, o Paulinho e Talita, fomos da praia com a mãe da Joana. Uma praia um pouco longe de casa, nem tinha muita gente por lá. O Paulinho como sempre, chutava aquela bola dela sobre os nossos castelinhos de areia.

- Você é muito chato, Paulinho! Falou a Talita
- Deixa a gente, vai Paulinho. Disse a Joana

A Talita, que é esquentada, jogou logo um monte de areia no Paulinho quanto ele desmanchou o castelinho que ela estava fazendo. Eu e a Joana que tivemos que separar, senão eles iam brigar de verdade.

Talita, com raiva, foi sentar lá na beira d’água, tava com uma tromba desse tamanho. O Paulinho foi pra a água levando a sua bola. Também depois da bronca que a mãe da Joana deu em todo mundo, cada um quis ficar quieto no seu canto.

- Vem brincar com a gente, Talita! Disse a Joana
- Deixa, Joana, se ela não quer vir, deixa ela lá!
- A Talita é muito esquentada.
- E o Paulinho também só sabe provocar.

Continuei com a Joana a fazer os nossos castelinhos, de repente, a gente olhou para o mar, na frente da Talita surgiu uma fumaça que foi crescendo, crescendo, crescendo, que nem dava mais para ver o mar. Sai correndo para água. Ninguém enxergava nada.

Quando a gente chegou aonde a Talita tava, tomou um grande susto. A fumaça não parava de sair de dentro de uma garrafa que a Talita achou enterrada na areia.

- Que isso, Talita?
- Não sei, Helena! Eu tava cavando aqui, de repente achei essa garrafa, comecei a esfregar, esfregar, ai começou a sair uma fumaça que não para.

O Paulinho, que também viu a fumaça lá da água, veio de pressa para ver o que era.

- Que fumaça é aquela?
- Tá saindo daquela garrafa que a Talita achou na areia. Disse a Joana.
- Será que o gênio da lâmpada? Vibrou o Paulinho.
- Que gênio da lâmpada! Só um cabeça oca que nem o Paulinho para achar que é um gênio da lâmpada.
Não demorou e a Talita e o Paulinho já estava se provocando. Toda vez é assim. Nunca vi gente pra brigar tanto um com outro como a Talita e o Paulinho.

Enquanto os dois ficavam se provocando, a fumaça baixou e na nossa frente apareceu um homem alto, magro, com um turbante na cabeça, uma calça de palhaço e uma camisa sem manga. Tinha uma voz de trovão.

- Quem foi que me libertou?

A gente olhou um para o outro, a Joana, como sempre, queria sair correndo, mas eu segurei ela.

- Olha aí, não falei? É um gênio da lâmpada.
- Você é mesmo um gênio da lâmpada? Perguntei para ele.
- Se ele é um gênio que tem direito a fazer os pedidos sou eu. Gritou a Talita.
- Ei, vamos deixar o moço falar. Disse a Joana.

E não era que aquele homem era mesmo um gênio? Só que não tava em nenhuma lâmpada, tava era numa garrafa bem velha, viu? A Talita já foi logo empurrando todo mundo para fazer os pedidos para o gênio.

- Fui que tirei o senhor da garrafa, fui eu! Disse a Talita.
- A ama tem direito a três pedidos. Mas só a três pedidos e nada mais.
- E agora, nós somos quatro! Eu falei.

Mas quem disse que a Talita estava pensando na gente. Ela acabou é nos arrumando foi muita confusão, isso sim.

- Pede sorvete, Talita! Um monte! Disse o Paulinho.
- Senhor gênio, eu quero... Eu quero... Eu quero....
- Pede logo o sorvete, Talita! Repetiu o Paulinho.
- Eu quero que o senhor gênio suma com esse menino chato!

Puft! O gênio estalou o dedo e o Paulinho sumiu na nossa frente.

- Pronto, um a menos para dividir os pedidos. Disse a Talita.
- Caramba, o Paulinho sumiu! Disse a Joana.
- Por que você fez isso, Talita!
- Aquele menino é muito chato.
- Eu quero o meu primo de volta. Disse a Joana.

E o gênio repetiu para Talita.

- Minha ama tem mais dois pedidos.
- Pede para o gênio trazer meu primo de volta.

Que nada, a Talita tava lá se sentindo a poderosa, e pediu para o gênio um monte de sorvete. Mas a gente não queria saber de sorvete. A gente queria o Paulinho de volta. A Talita, nem aí. Sentou e começou a tomar os sorvetes todos.

O pior foi quando a mãe da Joana chamou a gente para ir embora. Eu olhei pra Joana, a Joana olhou pra mim. A gente ficou paralisada.

- Joana, manda o Paulinho sair da água! Pediu a mãe da Joana.

Como a gente ia fazer isso, se o gênio tinha sumido com o Paulinho. Foi então que a gente foi conversar com o gênio para ele trazer o Paulinho de volta. Mas quem disse que o gênio escutava a gente. Parecia surdo. Fica ali, no lado da Talita, abanando ela com uma pena grande.

- Aonde esse gênio arrumou essa pena? Fiquei eu pensando.

A gente pedia para Talita pedir par o gênio devolver o Paulinho e ela nem aí, enquanto não acabou com todo o sorvete que pediu, ela nem olhou pra gente.

- Joana! Helena! Talita! Paulinho! Chamou a mãe da Joana.
- Olha aí, Talita, minha mãe ta chamada a gente pra ir embora.
- Pede para esse gênio trazer o Paulinho.
- Tudo bem! Mas vocês vão ter de pedir para ele namorar comigo.

Eu e a Joana olhamos uma para outra e não entendemos nada. Acho que muito sorvete congelou o cérebro da Talita. Os dois vivem brigando. Mas, se é só isso que ela quer para trazer o Paulinho de volta! Só que eu duvido que o Paulinho vai querer namorar com Talita. Duvido! Mas a gente deu a nossa palavra e então a Talita pediu ao gênio que, com estalar de dedos, trouxe o Paulinho de volta.

Depois que o Paulinho apareceu, surgiu uma fumaça que foi aumentando, aumentando, aumentando, e, de repente, sumiu, junto com gênio. Corri para ver se achava a garrafa para fazer os meus pedidos, mas que nada, o mar já tinha levado a garrafa embora.

Já o Paulinho e a Talita, estão namorando sim, ninguém sabe disso, mas eles não param de brigar nenhum instante. Eles devem se gostar mesmo, de verdade, pois minha mãe falou que quanto mais a pessoa briga, mais a pessoa gosta. E eu acho que isso é verdade, viu? Porque minha mãe gosta tanto de mim, que briga comigo a todo o momento. “Helena, arruma o quarto!”... Helena, vai escovar os dentes!”... “Helena, vou te deixar de castigo!”... Eu amo muito a minha mãe.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

A experiência


Sabe gente, hoje e vou contar mais uma aventura que tive com a Joana e com o Paulinho. Sempre que vou atrás das aventuras do Paulinho, acontece alguma coisa que eu acabo me dando mal. Vou contar tudo direitinho pra vocês.

Eu fui com a Joana e o Paulinho na casa da vó deles, a Dona Gigi, chegando lá. Todos nós corremos lá para o quintal que tem atrás da casa da avó da Joana e do Paulinho. Lá é cheio de árvores! Tem pé de goiaba, tem pé de carambola, pé de pitanga, tem até um pé de manga bem grande. No fundo do quintal, ainda tem um galinheiro.

Pois, bem, foi justamente neste galinheiro que tudo aconteceu. Não foi bem dentro, foi e não foi, mas foi com os bichos que estavam no galinheiro.

- Joana! Helena! Chama aquele galo lá!

Paulinho queria que a gente ficasse provocando o galo que tem no galinheiro, para que ele pudesse entrar dentro do galinheiro. Ele disse que fazia parte da experiência que ele ia nos ensinar.

O galo era muito bravo, era só a gente colocar as mãos na grade do galinheiro, que ele vinha todo bravo tentar bicar os nossos dedos que estavam pendurados nas grades do galinheiro.

De tanto que a gente ficou provocando o galo, acho que ele acabou cansando, pois deixou a gente, subiu no poleiro do galinheiro e fechou os olhos. Acho até que ele dormiu! É claro, devia estar com sono mesmo, acorda todo dia muito cedo só pra cantar pra acordar as pessoas! Não é mesmo?

Então, voltando a nossa aventura. O Paulinho aproveitou que o galo subiu no poleiro e fechou os olhos e entrou bem devagarinho no galinheiro e pegou um pintinho, todo amarelinho. Mas com a gritaria que o pintinho fez, o galo pulou do poleiro e saiu correndo atrás do Paulinho, que escapou por pouco.

- Ufa! Quase que o galo me pega!
- É mesmo, Paulinho!
- Queria ver se ele te bicasse!
- Mas não me bicou! Agora, vem. Vou mostrar pra vocês.

Com o pintinho em uma mão, o Paulinho foi, pegou um balde vazio, encheu de água e pegou um vidro de tinta do bolso do short e começou a explicar a experiência:

- Joana, Helena, presta atenção! Aprendi essa experiência na aula de ciência. Achei bem legal. É só a gente misturar a tinta desse potinho com a água e depois mergulhar o pintinho dentro do balde que as penas dele vão mudar de cor.

- Mas você aprendeu isso na escola?
- Com pintinho?
- Claro que não! Na escola a professora fez a experiência com uma flor branca. A gente cortou o caule da flor e mergulhou no pote, a flor que era branca, mudou de cor, então, eu pensei: Será que dá certo com o pintinho?

Mas eu não podia deixar que o Paulinho fizesse aquela maldade com o pintinho. Nem a Joana!

- Se vocês não quiserem, eu faço sozinho!

O Paulinho começou a misturar a tinta com a água, mas quando ele ia colocar o pintinho dentro do balde, eu pisquei pra Joana, que deu um chute no balde que virou e derrubou a tinta toda em cima do chinelo dele, com isso, ele soltou o pintinho, então eu peguei o pintinho e corri pra dentro do galinheiro.

Foi só depois que entrei no galinheiro, que eu me lembrei do galo. Quando tentei sair, o galo já estava na porta do galinheiro.

- Me ajuda, Joana!

Só que o Paulinho, de raiva da gente, segurou a Joana e não deixou ela me ajudar. Corri, corri para o galo não me pegar, mas acabei tropeçando numa pedra e cai no chão. Foi aí que o galo me pegou de me encheu de bicadas. Se não fosse a mãe da Joana me ajudar, acho que estava até agora levando bicadas daquele galo.

Mas a culpa é minha mesmo, eu sempre acabo me dando mal quando o Paulinho inventa alguma aventura. Já falei com a Joana, que não vou mais brincar com o Paulinho, não vou!

- Você sempre di isso, Helena!
- Mas agora é pra valer.

E não é que o Paulinho não desiste.

- Helena, que tal a gente procurar bichinhos dentro das goiabas?

E eu, que estava chorando de tanta bicada que levei, olhei para a Joana e caímos na gargalhada. E, depois, é claro, fomos ajudar o Paulinho a procurar bichinhos dentro das goiabas.

Mas, depois eu conto que fim teve essa nossa aventura com as goiabas.