segunda-feira, 22 de abril de 2019

A morte da lagarta


Oi, gente, tudo bem? Precisava contar isso pra vocês. Achei incrível! Não chega ser uma aventura, mas foi à maior surpresa. Eu e minha amiga Joana... a gente tá junto pra tudo. Dizem até que a gente parece irmãs. Então, como eu ia contando... Depois que eu e minha amiga acabamos de tomar nosso lanche, fomos até o jardim da nossa escola pra ver como tava a nossa hortinha.

“Olha só, Joana! Já tá nascendo a minha plantinha!”

“A minha também! Olha lá!”

Realmente as nossas plantinhas já estavam começando a nascer. Só que tinha um monte de papel de bala jogado no meio delas. Foi então que eu e a Joana começamos a tirar um por um pra poder jogar fora, de repente a Joana deu um grito:

“Eca!... Olha só aquela minhoca!”

“É mesmo! E tá subindo na minha plantinha. Sai daí, minhoca!”

A professora Carolina que já vinha chamar a gente pra voltar pra aula, achou estranho ver a gente falando e brigando com as plantinhas da nossa horta e veio falar com a gente.

“Ei, o quê está acontecendo aí, hein meninas?”

“É aquela minhoca, professora!”

“Ela tá querendo comer a minha plantinha!”

“Isso não é uma minhoca, meninas! Isso é uma lagarta!”

“Pra mim é a mesma coisa! Vou matar esse bicho nojento.”

Quando a Joana já ia saindo pra procurar alguma coisa que desse para matar aquela minhoca nojenta, a professora pediu pra gente se acalmar que ela ia explicar tudinho.

“Calma, Joana! Deixa eu explicar pra vocês!” Vocês não estão vendo que ela está ali parada?”

A professora tinha razão. Eu e a Joana ficamos olhando, olhando e olhando, mas aquela minhoca... não, lagarta, não saia do lugar.

“Viram só! Isso é uma lagarta e está em processo de transformação”

“Como assim?”

“Eu não entendi”

De repente, aquela lagarta foi mudando de forma, fazendo uma casca. Morreu sem ninguém fazer nada.

“Ainda bem que essa minhoca morreu!”

“Não é minhoca!”

“Minhoca, Lagarta, tudo nojenta! Vamos embora, Joana!”

“Esperem! Agora que a lagarta morreu é que vem a surpresa.”

Eu fiquei curiosa para ver a surpresa. A Joana na queria muito, mas acabou ficando, só porque eu pedi. Mas, vocês precisavam ta lá com a gente. Eu nunca tinha visto aquilo.

Aquela lagarta que entrou na horta, que depois morreu e virou uma casca mais nojenta ainda... Argh! Só de lembrar dá um nojo! Mas, aquele bichinho feio que queria comer nossas plantinhas, se transformou numa borboleta.

“Olha, a lagarta virou uma borboleta!”

“Que bonita!”

“Viram só que surpresa?”

Ver aquela borboleta nascer foi mais que uma aventura, foi uma coisa que nunca mais vou esquecer. Espero que vocês um dia também tenham sorte de ver o nascimento de uma borboleta!

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Brincando com fogo


Essa aventura foi fogo mesmo! Nunca pensei que uma coisa de brincadeira pudesse fazer tão mal pras pessoas. Pode até matar, sabia?

Vou contar direitinho como foi essa história:

Fui com a Joana até a casa do primo dela, o Paulinho, a gente foi passar uma tarde de sábado por lá. Ele mora numa casa que tem um quintal com bastante espaço pra gente brincar.

Acontece que quando a gente chegou perto da casa do Paulinho, a gente nem conseguiu passar, pois estava cheio de gente na rua e um monte de carros de bombeiros parados. Tinha criança chorando, gente gritando... Fiquei muito nervosa.

- Ai, meu Deus! Será que pegou fogo na casa da minha irmã? Gritou a mãe da Joana, já apavorada.

Ela saiu correndo puxando a gente pela mão, quase caí no chão.

- Calma, tia! Reclamei, mas ela nem me ouviu.

- Paulinho!... Paulinho!... A Joana gritava chamado o primo dela, mas, duvido que ele ouvisse alguma coisa! Tava muito barulho. E aquelas sirenes dos carros dos bombeiros, faziam tanto barulho, que nem se ele tivesse do nosso lado ia escutar alguma coisa.

De repente, a mãe do Paulinho saiu sei lá de onde e abraçou a mãe da Joana. Ela chorava muito.

- O que aconteceu? Perguntou a mãe da Joana.

- O Paulinho!... O Paulinho!... Disse ela.

Tinha acontecido alguma coisa com o Paulinho, pois a mãe dele não parava de repetir o nome dele.

- Aconteceu alguma coisa com o Paulinho? Perguntou a mãe da Joana.

Mas, a mãe do Paulinho, abraçava a mãe da Joana e só chorava. Não falava nada.

- Será que aconteceu alguma coisa grave com o Paulinho, Joana?

- Não sei, Helena. Acho que sim, pois minha tia está chorando muito.

Eu já tava muito assustada com tudo aquilo. Não queria que tivesse acontecido nada com o Paulinho, pois a gente tinha vindo brincar com ele.

A mãe do Paulinho levou a gente até onde estava acontecendo o incêndio. Era numa casa de madeira que ficava do lado da casa do Paulinho.
Quando vi aquela casa pegando fogo e aquele monte de fumaça, olhei pra Joana, ela olhou pra mim, a gente se abraçou e começamos a chorar. A gente não sabia se tinha acontecido alguma coisa com o Paulinho, mas a gente já está morrendo de medo que tivesse acontecido.

- Paulinho!... Paulinho!...

A gente gritava o mais alto que a gente podia. De repente, do meio daquela fumaça, saiu um bombeiro trazendo o Paulinho pelas mãos. Os dois estavam cheios de pó. A mãe do Paulinho saiu correndo e abraçou ele com toda força.

- Graças a Deus! Falou a mãe do Paulinho quando o abraçou.

O Paulinho se soltou de sua mãe e tirou de debaixo da camisa, um gatinho. Coitado do bichinho, tava todo assustado. Uma menina veio correndo e pegou o gatinho da mão do Paulino e começou a chorar.

- O que aconteceu aqui? Perguntou novamente a mãe de Joana.

- Sabe o que foi, tia? Alguém soltou um balão e caiu bem em cima dessa casa. Disse o Paulinho.

- E daí? O que tem um balão cair na casa? Perguntei para o Paulinho.

- Acontece Helena, que o balão é uma brincadeira muito perigosa, pois o balão carrega fogo e quando cai, pode causar um grande incêndio. Disse a mãe de Joana.

- Por isso que a professora disse que é perigoso soltar balão. Não lembra, Helena?

- É mesmo! Então é melhor não soltar balão, não é mesmo?

Os bombeiros demoraram um tempão para pagar o fogo daquela casa. Ainda bem que a casa estava abandonada e não morava ninguém nela, senão?...

- Bom, já que passou o susto, que tal a gente tomar um suco com uns bolinhos de chuva, hein? Disse a mãe do Paulinho.

E pensar que por causa de uma brincadeira de soltar balão, uma casa pegou fogo e quase o Paulinho morreu queimado por tentar salvar um gatinho que estava lá dentro.

Brincar com fogo, tô fora! Soltar balão, tô fora!

Depois que eu vi aquela casa pegando fogo, nunca mais quero saber dessa brincadeira. O fogo é mesmo fogo! Ainda bem que ficou tudo bem, porque depois daquele susto, eu, a Joana e o Paulinho aprontamos um montão na casa dele.

E foi isso! Quase que uma tarde que era para ser só de brincadeira, acabou por causa de uma outra brincadeira. Mas espero que vocês nunca passem por um susto desses, pois um incêndio é coisa que dá muito medo e soltar balão não tem nada de brincadeira. É, brincar com fogo é sempre muito perigoso. Agora eu sei.