quarta-feira, 6 de março de 2019

O pequeno Etezinho


Sabe aquelas coisas que a gente não acredita? Que acha tudo uma invenção? Vocês podem até não acreditar, mas essa aventura que eu vivi com a minha amiga Joana, foi a mais pura verdade. Vou contar como tudo aconteceu.

Naquela noite estava tendo festa no salão de festas do meu prédio e todos meus amigos estavam lá. A festa estava muito legal. A gente já tinha brincado de tudo, mas foi quando a gente foi brincar de esconde-esconde que tudo aconteceu. Até hoje eu na consigo esquecer aquela noite.

- Vamos, Joana!
- Ali, Helena, vamos se esconder ali atrás.
- Boa, Joana! Ninguém vai achar a gente ali.

Enquanto o Paulinho contava, eu e a Joana fomos se esconder atrás de um mantinho no jardim, no fundo do salão de festa.

- Aqui ninguém vai achar a gente, Joana!
- E aí a gente sai e salva todo mundo!

De repente eu olhei para o lado e vi um prato colorido, brilhante.

- Olha aquilo, Joana!
- Melhor não mexer, Helena!
- Tá brilhando!

Quando eu fui colocar a mão, sai detrás daquele prato, um negócio, parecia um homenzinho vestindo uma roupa de guarda, fazendo um barulho esquisito. A Joana achava que era um duende, eu achava que era um vaga-lume. De repente ele começou a repetir o que a gente falava.

- Quem é você?
- “Você”.
- Helena, vamos sair daqui.
- “Daqui.!
- Será que é um ET?
- “ET.”
- Eu to com medo, Helena.
- “Helena”

Quando a Joana ameaçou sair correndo, aquela coisa tirou uma arma da sua roupa de guarda e apontou para a Joana e... puff!! A Joana sumiu!

- O que você fez com a minha amiga?
- “Amiga.”

E puff... Depois não me lembro de mais nada, quando acordei, estava numa sala branca, grande, dentro de um vidro, cheio de fios ligados em minha. Olhei para o lado e a Joana também estava lá, dentro de um outro vidro cheia de fios ligados nela.

- Joana!
- Helena!
- Socorro!! Tirem a gente daqui!

Enquanto a gente se debatia tentando se soltar, um monte de homenzinho vestido de guarda olhava para gente dentro do vidro. Eles conversavam, mas a gente não entendia nada.

- Que aconteceu, Joana?
- Acho que a gente foi raptada por ETs.
- A gente precisa sair daqui.
- Mas como, Helena!

A gente precisava sair dali, mas como se a gente não sabia nem como tinha chegado ali. Fui tentar falar com o homenzinho.

- Seu homenzinho, a gente precisa ir embora.
- “Embora.”
- Minha mãe vai brigar comigo.
- “Comigo.”

De repente todo o vidro começou a piscar, parecia que a gente estava dentro de uma luz. Acendia e apagava, acendia e apagava. A gente só ouvia aqueles homenzinhos fazendo um barulho, falando de um jeito que a gente não entendia nada e tudo apagou de vez.

Quando eu e a Joana acordamos, estávamos deitadas do lado do matinho, com todo mundo olhando pra gente.

- Cadê eles, Joana!
- O que aconteceu, Helena?
- Os ETs pegaram a gente.
- É verdade!!

É claro que ninguém acreditou na gente e ainda por cima, ficaram rindo da nossa cara. Mas eu ainda vi quando aquele prato colorido saiu detrás do matinho e sumiu no céu.

- Olha lá, Joana!
- É ele, Helena! É ele!!

E foi assim que eu e a Joana fomos raptadas pelo homenzinho de roupa de guarda e levadas para um outro planeta que a gente nunca soube onde ficava e nem porque ele escolheu levar a gente pra lá.

Nunca mais a gente viu aquele homenzinho. Sabe que lembrando disso agora, fiquei até com saudade dele.

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