Oi
gente, hoje vou contar pra vocês uma aventura apaixonante. Vocês podem até
achar que estou inventando isso, mas a Joana, o Paulinho e a Talita estão aí de
prova pra dizer que tudo isso aconteceu de verdade. Vou contar pra vocês como
tudo começou:
Eu,
a Joana, o Paulinho e a Talita marcamos de fazer um piquenique lá no terreno do
seu Zé da farmácia, eu e a Joana chegamos primeiro e abrimos a toalha bem
embaixo da caramboleira, que é a maior árvore que tem no terreno do seu Zé, quando
de repente: - Tibum! Caiu alguma coisa do céu do outro lado da árvore. Vocês
não imaginam o que foi que caiu.
-
Um anjo, Joana!
-
Um anjo caiu do céu, Helena!
Eu
a Joana corremos pra ajudá-lo. Ele ainda está meio tonto, tentou voar de novo,
mas não conseguiu. Tinha quebrando uma de suas asas.
-
Droga, quebrou a minha asa! E agora?
Eu
olhei pra Joana, a Joana olhou pra mim.
-
Você é um anjo de verdade! Falamos a duas juntas.
-
Sou o Eros, o anjo do amor!
-
Eros? Perguntou a Joana.
-
Cúpido! Você é o cúpido?
Tinha
visto num livro na escola sobre as lendas gregas que Eros era o nome do cúpido.
Aquele que fica atirando flechas pra todo mundo ficar apaixonado um pelo o
outro. E não era que era ele mesmo? O amor tinha caindo do céu, bem ali no meio
do nosso piquenique e tinha quebrado uma das asas.
-
Será que vocês podem me ajudar a consertar a minha asa? Tenho muito amor para
distribuir pelo mundo e não posso ficar aqui parado muito tempo.
Eu
olhei para a Joana, a Joana olhou pra mim.
-
Eu não acredito! Falamos as duas juntas.
-
Vocês podem ou não podem me ajudar a consertar a minha asa?
Como
a gente não ia ajudar o amor? Então foi que lembrei que a avó da Joana podia
fazer uma asa novinha para o Eros com as penas das galinhas que ela tinha lá no
galinheiro da casa dela. Saímos as duas voando no terreno e fomos direto para a
casa da avó da Joana. Pedimos para que o cúpido ficasse escondido para que mais
ninguém o visse por ali.
Só
que quando a gente saiu, o Paulinho chegou e viu em cima da toalha, a cesta com
as flechas do cúpido que ele se esqueceu de pegar. E o quê fez o Paulinho? Saiu
atirando aquelas flechas para o ar, até que uma acertou de cheio, bem no peito
da Talita que vinha chegando para o nosso piquenique.
Quando
voltamos com a nova asa do cúpido, encontramos a Talita correndo atrás do
Paulinho em volta da árvore.
-
Vem cá, Paulinho, me dá um beijo!
-
Sai pra lá, Talita!
-
Eu amo você! Vem, meu cabelinho de molinha!
-
Para com isso, Talita.
Logo
pensamos que o cúpido tinha aprontado alguma coisa.
-
Seu anjo, pode sair do esconderijo agora! Gritei, chamando por ele.
O
Eros saiu de trás de uns caixotes que tinham no fundo do terreno já avisando
que não tinha nada a ver com aquilo.
-
Eu não fiz nada! Foi ele que pegou as minhas flechas e começou a atirar para
todos os lados e acabou acertando aquela menina. A Talita estava lá, com aquela
cara de boba, olhando para o Paulinho e suspirando. Argh!!
-
Seu cúpido, conseguimos arrumar a sua asa, agora você já pode espalhar o amor
pelo mundo e deixar a gente fazer o nosso piquenique. Só que antes de ir
embora, faz um favor de desfazer esse feitiço, porque não vai dar pra aguentar
a Talita desse jeito, toda apaixonada pelo Paulinho!
Enquanto
eu e a Joana conversávamos com o anjo, a Talita pegou o Paulinho distraído e o
agarrou, e depois começou abraçar, beijar, o Paulinho tentava se soltar, mas
não conseguia, quanto mais ele tentava se soltar, mais a Talita o agarrava.
-
Olha só aquilo, Helena?
-
Pode deixar que vou dar um jeito nisso.
Foi
então que o anjo colocou a asa feita com penas de galinha pela avó de Joana, pelou
sua cesta de flechas, subiu em cima da caramboleira e espalhou um pózinho sobre
a cabeça de Talita e depois saiu voando, todo alegre.
-
Ei, porque você tá me agarrando, Paulinho? Perguntou a Talita.
-
Eu não! Era você que estava me agarrando, Talita!
A
Talita se soltou de Paulinho e o empurrou com tanta força que ele caiu em cima
da cesta do piquenique, espalhando todas as nossas coisas no chão. No final,
nem acabamos fazendo piquenique nenhum, pois a Talita foi embora cheia de raiva
do Paulinho, sem saber que tudo aquilo só aconteceu porque o amor caiu do céu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário